Cidadania

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terça-feira, 9 de julho de 2013

Professor autor

Vídeo aula 26

Professor autor

Profissão docente



“O mínimo que se exige é que cada professor elabore com mão própria a matéria que ministra. Tal elaboração será uma síntese barata, se for reprodutiva, mas será criativa, se acolher tonalidade própria reconstrutiva.”
 Pedro Demo

Ser inteligente, pensar, exercer o livre pensamento e expor suas opiniões deveriam ser direito de todo cidadão. 
O professor, como líder social, além de possuir suas ideias e ideais, deveria ser autor de seu conteúdo, a partir de todas as suas aprendizagens.
Mas...
quanto mais sabemos, mais temos a certeza de que
"Manda quem pode e obedece quem tem juízo"

Assim, nem sempre podemos dizer verdades nem expressar o que gostaríamos.


Ser autor é um sonho de muitos e a realidade de poucos.

Professor pensador

Vídeo aula 25

Professor pensador

Profissão docente

Falar de autonomia é fácil. Ser autônomo é mais complicado. Ensinar o outro como se tornar um ser autônomo requer conhecimento e vivência de como "andar com as próprias pernas" e tornar-se responsável pelas consequências das próprias escolhas.

Modelo de ensino: das concepções docentes às práticas pedagógicas

Vídeo aula 24

Modelos de ensino: das concepções docentes às práticas pedagógicas

Educação especial / inclusiva



A Educação Especial é minha conhecida desde há muito tempo.
Com o decorrer de meus estudos, vim a pensar e observar como ela faz parte de minha vida desde o início de minha trajetória, o que me fez pensar que talvez, por isso minha prática seja tão voltada para ofertar possibilidades a todo e qualquer tipo de aluno.
Desde 1994, quando nem se falava em inclusão, eu trabalhava em escola particular e lá já havia alunos especiais: Deficiente Visual, cego, Deficiente Intelectual, Deficiente Físico... e atendíamos a todos como a qualquer aluno que ali estava, sem discriminar, primando por princípios de igualdade e de qualidade de ensino.
Acredito que por isso, ao adentrar na rede municipal tenha trazido comigo esses princípios de inclusão que não existiam ainda por aqui. 
Meu trabalho sempre foi na direção do respeito às individualidades, trabalhando com cada aluno suas dificuldades específicas, ao mesmo tempo que atendia aos objetivos gerais que se impunham. Agora entendo que o que eu já fazia inconscientemente era praticar a inclusão, garantindo a todos o direito de aprender. 
Mas, ao observar a educação e analisar muitos de meus colegas de serviço, também observo que para ser um professor que inclui, é necessário despir-se do tradicionalismo e passar a enxergar o aluno com outros olhos, ouvi-lo com ouvidos sem preconceitos, aceitar suas produções sem exigências fundamentadas em regras.
Eu, como especialista em Educação Especial, identifiquei-me muito com a especialista com a qual estive, pois observei que pensamos igualmente, no que diz respeito a valorizar os mínimos avanços das crianças especiais, como se fossem longas caminhadas, pois para um DI, aprender a escrever um texto é como vencer um enorme obstáculo.
Mas o professor regular não pensa assim, vê o aluno especial como um problema, aquele que nunca vai ser bom, que nunca vai ser tão bom como os outros.
É hora de para de avaliar comparando. A inclusão exige um olhar individual, um olhar carinhoso, como diria Luckesi.
Como sempre, os textos das leis são perfeitas. A aplicabilidade das mesmas é que é falha: esbarra no preconceito, na falta de boa vontade, na deficiência do outro, que não consegue dar valor ao ser humano, como ser individual, como criação de Deus.
Em documentos, em leis estão descritos os sonhos que temos e que para realizá-los precisamos superar muitas barreiras, uma das maiores: a má vontade.
A mudança já começou a acontecer, mas quebrar o tradicionalismo requer esforço por parte dos gestores e uma constante formação no intuito de esclarecer fatores importantes como adaptações, avaliação, uso de tecnologia entre tantos outros que facilitarão a inclusão efetiva e verdadeira, fazendo com que o professor reveja sua prática e entenda a inclusão como direito inerente a todo e qualquer aluno especial.
O caminho é longo, mas os primeiros passos foram dados.

A inclusão é fato e todos têm direito a uma educação efetiva e de qualidade, que seja capaz de oferecer subsídios ao aluno para que se torne um cidadão conhecedor de seus direitos e que cumpra seus deveres na sociedade em que está inserido.


A educação de pessoas com necessidades especiais é de fato ineficaz?

Vídeo aula 23

A educação de pessoas com necessidades especiais é de fato ineficaz?

Educação especial / inclusiva

Adaptações Curriculares: diretrizes nacionais para a educação especial.


Elizabet Dias de Sá.


As adaptações curriculares propostas pelo MEC/SEF/SEESP para a educação especial visam promover o desenvolvimento e a aprendizagem dos alunos que apresentam necessidades educacionais especiais, tendo como referência a elaboração do projeto pedagógico e a implementação de práticas inclusivas no sistema escolar. Baseiam-se nos seguintes aspectos:
  1. atitude favorável da escola para diversificar e flexibilizar o processo de ensino- aprendizagem, de modo a atender às diferenças individuais dos alunos;
  2. identificação das necessidades educacionais especiais para justificar a priorização de recursos e meios favoráveis à sua educação;
  3. adoção de currículos abertos e propostas curriculares diversificadas, em lugar de uma concepção uniforme e homogeneizadora de currículos;
  4. flexibilidade quanto à organização e ao funcionamento da escola para atender à demanda diversificada dos alunos;
  5. possibilidade de incluir professores especializados, serviços de apoio e outros não convencionais, para favorecer o processo educacional.
De acordo com tais diretrizes, os critérios de adaptação curricular são indicadores do que os alunos devem aprender, de como e quando aprender, das distintas formas de organização do ensino e de avaliação da aprendizagem com ênfase na necessidade de previsão e provisão de recursos e apoio adequados. Considera-se Apoio os diversos
"recursos e estratégias que promovem o interesse e as capacidades das pessoas, bem como oportunidades de acesso a bens e serviços, informações e relações no ambiente em que vivem. Tende a favorecer a a autonomia, a produtividade, a integração e a funcionalidade no ambiente escolar e comunitário".

O apoio é caracterizado em termos de intensidade, sendo classificado em:
  1. intermitente: quando se dá em momentos de crises e em situações específicas de aprendizagem.
  2. limitado: reforço pedagógico para algum conteúdo durante um semestre, desenvolvimento de um programa de psicomotricidade.
  3. extensivo: sala de recursos ou de apoio pedagógico, atendimento itinerante, isto é, modalidades de atendimento complementar ao da classe regular realizado por professores especializados.
  4. pervasivo: alta intensidade, longa duração ou ao longo da vida para alunos com deficiências múltiplas ou agravantes. Envolve equipes e muitos ambientes de atendimento.
Os parâmetros curriculares propõem uma diferenciação entre adaptações e acesso ao currículo, cujas proposições se apresentam de forma confusa e reiterativa. Podemos inferir que as adaptações curriculares são concernentes às alterações de conteúdo, estratégias ou de metodologia e que o acesso ao currículo refere-se a recursos tais como adaptações do espaço físico, materiais, mobiliário, equipamentos e sistemas de comunicação alternativos.

Apresentamos, a seguir, os tipos de adaptações Propostas:
Organizativas - englobam agrupamento de alunos, organização didática da aula (conteúdos e objetivos de interesse do aluno ou diversificados), disposição do mobiliário, de materiais didáticos e tempos flexíveis.
Objetivos e Conteúdos - definem prioridade de áreas e conteúdos de acordo com critérios de funcionalidade; ênfase nas capacidades, habilidades básicas de atenção, participação e adaptabilidade dos alunos; seqüência gradativa de conteúdos, do mais simples para o mais complexo; previsão de reforço de aprendizagem como apoio complementar; conteúdos básicos e essenciais em detrimento de conteúdos secundários e menos relevantes.
Avaliativas - consistem na seleção de técnicas e instrumentos de acordo com a identificação das necessidades educacionais especiais dos alunos.
Procedimentos Didáticos e Atividades de ensino-aprendizagem - remetem à alteração e seleção de métodos, às atividades complementares, prévias e alternativas, aos recursos de apoio, à alteração dos níveis de complexidade da tarefa, à seleção e adaptação de material, Tempos flexíveis no que se refere à duração e ao período das atividades propostas. A ênfase em parcerias com instituições especializadas e a manutenção de estruturas e serviços de apoio paralelos representam um esforço de conciliação entre modelos conceituais conflitantes. O que parece ser evitado é o desmantelamento de tais estruturas e o confronto de posições antagônicas que acirram a polêmica acerca da escola inclusiva.

Considerações Gerais.
A operacionalização da escola inclusiva é focalizada em termos da transferência de recursos e de serviços de apoio especializados para o ensino regular. Neste sentido, a educação especial é concebida como modalidade de educação escolar complementar e necessária para que alunos com necessidades educacionais especiais alcancem os fins da educação geral. Este é o viés que permeia as proposições contidas no documento lançado pelo MEC para orientar a ação pedagógica dos educadores quanto às adaptações curriculares que visam a inserção, no sistema escolar, de alunos com deficiências física, sensorial, mental, altas habilidades, condutas típicas e outras peculiaridades.
Tal viés é justificado na afirmação de que:
"A análise de diversas pesquisas brasileiras identifica tendências que evitam considerar a educação especial como um subsistema à parte e reforçam o seu caráter interativo na educação geral. Sua ação transversal permeia todos os níveis - educação infantil, ensino fundamental, ensino médio e educação superior, bem como as demais modalidades- educação de jovens e adultos e educação profissional".
(Parâmetros Curriculares Nacionais: Adaptações Curriculares MEC/SEF/SEESP 1998: 21)
Em contraposição, outras correntes teóricas sustentam que:
"O que define o especial da educação não é a dicotomização e a fragmentação dos sistemas escolares em modalidades diferentes, mas a capacidade de a escola atender às diferenças nas salas de aula, sem discriminar, sem trabalhar à parte com alguns, sem estabelecer regras específicas para se planejar, para aprender, para avaliar (currículos, atividades, avaliação da aprendizagem especiais). (...) Em outras palavras, este especial qualifica as escolas que são capazes de incluir os alunos excluídos, indistintamente, descentrando os problemas relativos à inserção total dos alunos com deficiência e focando o que realmente produz essa situação lamentável de nossas escolas".
(Mantoan: http://www.lerparaver.com/bancodeescola.)
Consideremos a complexidade do tema cujo antagonismo de análises e tendências anima um efervescente embate teórico e político acerca da educação especial e inclusiva. Esse é um embate que interessa sobretudo aos educadores que não deveriam se omitir, pois são os interlocutores privilegiados e protagonistas da ação pedagógica. Esperamos que exercitem o questionamento e a crítica, numa atitude pro ativa e que sejam capazes de identificar concepções subjacentes ao texto e o contexto de possíveis paradoxos, contradições e paradigmas fundantes das políticas educacionais.

PARA SABER MAIS...
Parâmetros Curriculares Nacionais: Adaptações Curriculares/Secretaria de Educação Fundamental. Secretaria de Educação Especial. - Brasília: MEC/SEF/SEESP, 1998.
Estes parâmetros foram construídos a partir das contribuições de parecistas, representantes de órgãos e instituições governamentais e não-governamentais sob a coordenação da Secretaria Nacional de Educação Especial-SEESP/MEC. Os principais tópicos desenvolvidos foram anunciados sinteticamente neste verbete.
A EDUCAÇÃO ESPECIAL NO BRASIL - DA EXCLUSÃO À INCLUSÃO ESCOLAR. Maria Teresa Eglér Mantoan: Universidade Estadual de Campinas Faculdade de Educação Laboratório de Estudos e Pesquisas em Ensino e Diversidade - LEPED/Unicamp
Neste texto, a autora faz uma revisão crítica da educação especial no Brasil. Explicita as modalidades de inserção de alunos com necessidades educacionais especiais no sistema escolar e enfatiza os princípios de uma educação para todos.

A complexidade da constituição docente

Vídeo aula 21

A complexidade da constituição docente

Profissão docente


Conversa com quem gosta de ensinar

Neste livro Rubem Alves enfatiza: “professor é profissão, não é algo que se define por dentro, por amor. Educador, ao contrário, não é profissão; é vocação. E toda vocação nasce de um grande amor, de uma grande esperança.” Professor, segundo o autor, são como eucaliptos plantados por um motivo, enfileirado, descartável e com uma finalidade meramente comercial, econômica, trata-se de um funcionário de uma instituição submetido ao ritmo do sistema e ao tempo das máquinas. Educador por outro lado são como jequitibás, belos e raros; definidos pela suas paixões, sonhos e esperanças. O mundo mudou: jequitibás foram ao chão e em seu lugar foram plantados eucaliptos. Educadores deixaram de existir, em seu lugar professores.  

Já perceberam uma coisa: quando alguém nos pergunta o que somos nos respondemos de forma inevitável dizendo o que fazemos. O que você é? Professor. O que somos de fato: Educadores ou professores? Todos que um dia pretendem entrar em uma sala de aula, ou até mesmo aqueles que estão há anos lecionando devem se fazer essa pergunta.

Mas, é possível ser um jequitibá em meio a plantações de eucaliptos enfileirados? Para Rubem Alves o educador que existe dentro do professor deve ser despertado. Mas como fazer isso? Para isso é necessária uma experiência de amor: “Para se acordar o educador que há dentro do professor há de então fazer um ato de regeneração do nosso discurso, o que sem dúvida exige fé e coragem: coragem para dizer em aberto os sonhos que nos fazem tremer. A formação do educador? Antes de mais nada:  é necessário reaprender a falar. Com que   instrumentos   trabalha   o educador?  Com  a   palavra.  O educador fala. São as palavras que orientam as mãos e os olhos.” As palavras, para Rubem Alves, são a extensão do corpo.

O educador por intermédio das palavras constrói teias que tornam possível o mundo humano. Isso só depende da capacidade do educador em usar as palavras, quer seja para ensinar, quer seja para educar ou quem sabe para dar um conselho ao seu aluno. As palavras certas, bem usadas e ministradas são fundamentais elas humanizam.

É pela educação que aprendemos a sermos humanos. Educar é a prática de construir a realidade por intermédio da linguagem. As informações que nossos alunos recebem de nós professores são por eles filtradas, selecionadas, organizadas e estruturadas pela medição da linguagem. É assim que o corpo se torna um produto da educação. É a linguagem se demonstra uma ferramenta para o educador. Nós devemos perguntar a nós mesmos: “que amores têm [temos] sido inflamados? Que ausências têm [temos] sido choradas e celebradas? Que horizontes utópicos têm [temos] sido propostos? Que valores têm [temos]informado nossa prática educativa?”.

A partir da leitura desse livro todos deveriam se perguntar: somos professores ou educadores? Há um educador dentro de mim esperando para ser despertado? É possível conciliar, de forma harmoniosa. essas duas perspectivas? É possível ser um professor educador?


A complexidade no estudo dos processos desenvolvimentais humanos

Vídeo aula 20

A complexidade no estudo dos processos
 desenvolvimentais humanos

Educação especial / inclusiva


 SÉRIE ESPECIAL

Desenvolvimento infantil


"Caminho da casa da minha avó até a minha." Desenho de Giovanna, 5 anos

Os primeiros anos de vida de uma criança são marcados por grandes transformações e descobertas. Aos poucos, os pequenos começam a entender o mundo em que vivem e aprendem a lidar consigo mesmos e com os outros. Para ajudar você a compreender melhor o universo infantil, preparamos esta série especial com sete reportagens e sete vídeos.
Boa leitura!




O todo pela parte

Vídeo aula 19

O todo pela parte: a questão do estigma

Educação especial / inclusiva



A Prof° Ticiana Roriz cita o livro " Estigma" de Goffman, que diz que:

- estigma é a situação do indivíduo que está inabilitado para a aceitação social plena e que 

- um indivíduo que poderia ter sido facilmente recebido na relação social, possui um traço que pode se impor à atenção e afastar aqueles que ele encontra, destruindo a possibilidade de atenção para outros atributos seus.

Assim, estigmatizamos uma pessoa quando nosso preconceito é maior que nossa boa vontade de ver, entender e ouvir o outro como um ser humano.

Diferenças e dificuldades todos nós temos... adaptar a vida a nossa realidade é o que todos fazemos com frequência. 


Ninguém é tão grande que não possa aprender, nem tão pequeno que não possa ensinar.




A escola e as instituições culturais

Vídeo aula 18

A escola e as instituições culturais

Profissão docente




Hoje, temos a opção de irmos a museus virtuais.

A seguir, alguns links:


Museu Virtual de Ouro Preto


Museu Virtual UNB


Museu Virtual de Brasília


Museu Virtual Dantu


Mais alguns museus a serem visitados:

http://noticias.universia.com.br/destaque/noticia/2012/02/16/912114/46-museus-virtuais-voce-visitar-graca.html

O professor e a cidade educadora

Vídeo aula 17

O professor e a cidade educadora

Profissão docente







A educação escolar precisa fazer a mediação entre o que vemos nas cidades e o que essas coisas têm de bens culturais, o que significam como aquisição de cultura artística.
Assim, é possível expandir o universo cultural dos estudantes.
Conhecer as obras das cidades, em que época foram construídas, em que momento histórico e qual a relação que sua forma tem com esse momento é entender a arte como uma  construção histórica cultural.
Quando aprendemos sobre as obras, passamos a entendê-las, apreciá-las e respeitá-las.

Trajetórias escolares de deficientes e a EJA: a questão do fracasso escolar

Vídeo aula 16

Trajetórias escolares de deficientes e a EJA: a questão do fracasso escolar

Educação especial / inclusiva

EJA, oportunidade ou armadilha?



- a permanência dos alunos é na média de 2 a 3 anos na mesma sala e alguns mais de 8 anos, não conseguindo avanços na sua escolarização;
-De 2004 a 2007 apenas 0,42% conseguiram certificação.


As propostas referendadas pela legislação estão longe de serem efetivadas, pois não se sustentam em informações concretas da realidade de seu alunado. “Alunos invisíveis”.

Temos de tornar visíveis pessoas que historicamente não enxergamos, não escutamos, não falamos, não acolhemos e não acreditamos. Elas são muito mais capazes do que nós achamos.”

Como anda a educação especial no país

Vídeo aula 15

Como anda a educação especial no país

Educação especial / inclusiva 



A professora Kátia Amorim mostra dados do MEC sobre a Evolução da Política de Inclusão nas classes comuns do ensino regular, e eles demonstram aumento no número de matrículas de 1998 a 2011, de 337.326 para 700.624.

Sabendo-se que 14,5% da população brasileira tem deficiências e 2% são crianças e jovens, soma-se um total estimado de 2.850.604 pessoas. 

Assim, a pergunta que surge é: Onde estão as pessoas que ainda não estão matriculadas nas escolas?

Será que as escolas realmente são funcionais?

Como essas pessoas participam desse meio social?




Processos de aprendizagem e implicações para a prática docente

Vídeo aula 14

Processos de aprendizagem e implicações para a 
prática docente

Profissão docente



Segundo Telma Weinz, os processos de ensino e aprendizagem caminham juntos, mas não são um só.

Hoje o perfil do professor é de um profissional que reflete enquanto age, pode tomar decisões, muda rapidamente o rumo de sua ação, interpreta as respostas dos alunos e autocorrige-se.

 A prática pedagógica é complexa e contextualizada, assim é possível dizer que não existem fórmulase receitas prontas para uma sala de aula. O aluno é quem realiza a aprendizagem, pois transforma informação em conhecimento, pensando, recebendo ajuda sendo desafiado e interagindo com outras pessoas. No construtivismo,  o professor também é um aprendiz.


        Ser construtivista não significa deixar o aluno fazer o que ele quer, da forma que quiser, mas significa fornecer conhecimentos, fazer intervenções, corrigir, indicar caminhos, avaliar, analisar e repensar sempre os resultados. É necessário conhecer a teoria contrutivista para aplicá-la! É preciso compreender o caminho de aprendizagem que o aluno está percorrendo naquele momento, identificar as informações e as atividades que lhe permitam evoluir, pois é o processo de ensino que precisa se adaptar ao da aprendizagem. 

A construção do fracasso escolar: os mecanismos do não aprender e os desafios do professor

Vídeo aula 13

A construção do fracasso escolar: os mecanismos do não aprender e os desafios do professor

Profissão docente


A letra dessa música relata a educação brasileira e as causas do desinteresse dos alunos nos dias atuais...


Como vem sendo organizada a educação especial no país

Vídeo aula 12

Como vem sendo organizada a educação especial no país

Educação especial / inclusiva


A educação inclusiva caminha no Brasil.
As adaptações físicas vêm acontecendo.
Profissionais têm buscado as formações oferecidas pelo MEC.

Mas...

ainda há uma longa caminha entre o incluir realmente e o colocar em ambiente escolar apenas...



Legislações, declarações e diretrizes

Vídeo aula 11

Legislações, declarações e diretrizes

Educação especial / inclusiva



Leis importantes:
- Declaração de Salamanca;
- Leis de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (Lei 9394/96, artigos 58,59,60. Capítulo V:
- Resolução CNE/ CEB nº 02/2001 de 11/09/2001
- Lei da Acessibilidade;

- Política Nacional de Educação na Perspectiva da Educação Inclusiva.

Como sempre, os textos das leis são perfeitas. A aplicabilidade das mesmas é que é falha: esbarra no preconceito, na falta de boa vontade, na deficiência do outro, que não consegue dar valor ao ser humano, como ser individual, como criação de Deus.
Em documentos, em leis estão descritos os sonhos que temos e que para realizá-los precisamos superar muitas barreiras, uma das maiores: a má vontade.
A mudança já começou a acontecer, mas quebrar o tradicionalismo requer esforço por parte dos gestores e uma constante formação no intuito de esclarecer fatores importantes como adaptações, avaliação, uso de tecnologia entre tantos outros que facilitarão a inclusão efetiva e verdadeira, fazendo com que o professor reveja sua prática e entenda a inclusão como direito inerente a todo e qualquer aluno especial.
O caminho é longo, mas os primeiros passos foram dados.
A inclusão é fato e todos têm direito a uma educação efetiva e de qualidade, que seja capaz de oferecer subsídios ao aluno para que se torne um cidadão conhecedor de seus direitos e que cumpra seus deveres na sociedade em que está inserido.

A relação entre professor e aluno

Vídeo aula 10

A relação entre professor e aluno

Profissão docente


Segundo Luckesi, o educador necessita ser solidário com o educando no seu caminho de desenvolvimento; necessita estar com ele, dando-lhe suporte para que prossiga em sua busca e em seu crescimento, na direção da autonomia, da independência, da vida adulta. Solidarizar-se com o educando não é um ato piegas, que considera que tudo vale, mas sim um ato amoroso, ao mesmo tempo dedicado e exigente, que tem como foco de atenção a busca do melhor possível.



Modelo de ensino: das concepções docentes às práticas pedagógicas

Vídeo aula 9

Modelos de ensino: das concepções docentes às práticas pedagógicas

Profissão docente

Segundo Paulo Freire, o educador tem um papel político-pedagógico destacado, já que não existe educação neutra. 
Assim, é necessário conhecer as diversas concepções pedagógicas, entender os fundamentos de cada forma de educar para entender quais os critérios e princípios que o educador utilizará em sua metodologia.
Somos uma construção de tudo quanto vivenciamos, aprendemos e herdamos de nossa relação com o mundo que nos cerca. Sejam experiências positivas ou negativas, tudo vai ficando guardado em nosso ser, e isso é que faz com que sejamos diferentes uns dos outros.
Gostei muito do exemplo do iceberg:

- os 90% dizem respeito a tudo o que o professor aprendeu, apreendeu e construiu durante toda a sua existência;
- os 10% representam sua prática educativa, sua metodologia.

Para que a educação seja 100%, é necessário que o professor saiba quem é, o que quer e onde precisa chegar, utilizando os métodos como forma para alcançar seus anseios na mudança para uma sociedade mais justa e igualitária, visando a verdadeira cidadania.

segunda-feira, 8 de julho de 2013

Contradições de valores na escola entrelaçados da história com a história da educação e a educação especial.

Vídeo aula 8

Contradições de valores na escola : entrelaçados da história com a história da educação e da educação especial

Educação especial/ inclusiva







História da educação especial no Mundo

  • Fase da negligência: marcada pela exclusão total da pessoa com necessidades educacionais especiais do contato e da participação social.
            - Desde a antiguidade, nas sociedades greco-romanas ( as pessoas eram abandonadas ou mortas, pois eram empecilho aos padrões estéticos da época;
            - Na Idade Média, a deficiência era vista como um fenômeno sobrenatural, e que deviam ser maltratadas e marginalizadas pela sociedade. Alguns cegos eram considerados videntes ou profetas. Nessa fase começa-se a acolher alguns em instituições de caridade, para salvação do caridoso acolhedor. É dessa época a criação das Santas Casas de Misericórdia.

  • Fase da institucionalização: as explicações quanto à deficiência passaram a ser científicas, e o deficiente passou a ser segregado socialmente, como a melhor forma de resposta a essa ameaça.
            - Final do século XVIII, humanizou-se um pouco o atendimento quando Pinel mudou a estrutura dos hospitais psiquiátricos.

  • Fase da criação de serviços educacionais: Foi na Europa, na França o palco onde aconteceram as primeiras medidas educacionais junto às pessoas com deficiência.
            - Fundação da primeira instituição de “surdos-mudos”, pelo abade Charles M. Eppée, em 1770, com invenção do método de sinais para completar o alfabeto manual;
            - Fundação do Institute Nationale des Jeunes Aveugles,  instituição para cegos , por Valentin Hauy, em 1784, com utilização das letras em alto relevo;
            - A partir do século XIX , vários profissionais interessaram-se pelo estudo da deficiência mental. Destaca-se nesse período o médico Jean Marc Itard.
            - No século XX, o cenário norte-americano marca-se pela criação das classes especiais nas escolas públicas;
            - As classes especiais proliferaram como modalidade alternativa as instituições residenciais depois das duas guerras mundiais;

  • Fase atual: a luta pela conquista dos direitos das pessoas com deficiência aumentam baseados nos movimentos sociais pelos direitos humanos:
      - Em 1975, foram apresentados alguns direitos na Declaração dos direitos das pessoas com deficiência.
     

História da educação especial no Brasil

            Até por volta da metade da década de 1800, prevalecem as fases de negligência e institucionalização, marcadas pelo abandono e descaso à educação especial.
            A partir de 1854, começam a surgir as primeiras iniciativas oficiais e particulares no atendimento às pessoas com necessidades especiais em São Paulo e Rio de Janeiro. Ainda hoje alguns desses institutos são referências nacionais no atendimento de pessoas portadoras de necessidades especiais.
            A década de 50, poucos estabelecimentos surgiram, porém o final dessa década será considerada a Era da Educação.
            - Surgem as campanhas nacionais para a educação de pessoas com necessidades especiais, sendo a primeira a Campanha para a Educação do Surdo Brasileiro, seguida da Campanha Nacional de Educação e Reabilitação de deficientes Mentais.
            - A APAE representa uma conquista da sociedade, tendo hoje mais de 1000 associações em todo o Brasil;
            - Em julho de1973, houve a Criação do Centro Nacional de Educação Especial, pelo Decreto nº 72.425 Emílio Garrastazu Médici. Essa lei fez com que fosse elaborado o primeiro plano nacional para a Educação Especial;
            - Os primeiros cursos de Graduação e Pós-Graduação de professores na área de educação especial aconteceram no final de década de 1970;
            - A década de 80, influenciada pelas mudanças ocorridas em outros países, provocou a reorganização dos recursos e serviços oferecidos às pessoas com necessidades especiais;
            - Os alunos especiais, apesar de incluídos nas escolas regulares, ficavam restritos às classes especiais;
             - A partir da década de 90 surge um novo paradigma social: Paradigma de Suportes, onde a sociedade é obrigada e adaptar-se às necessidades das pessoas especiais;
            - Aos poucos, foi acontecendo a inclusão dos alunos com necessidades especiais nas salas regulares.

Leis importantes:
- Declaração de Salamanca;
- Leis de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (Lei 9394/96, artigos 58,59,60. Capítulo V:
- Resolução CNE/ CEB nº 02/2001 de 11/09/2001
- Lei da Acessibilidade;
- Política Nacional de Educação na Perspectiva da Educação Inclusiva.

<http://portal.mec.gov.br/seesp/arquivos/pdf/politica.pdf> em 16/08/12 às 20:40


Crianças e jovens com necessidades especiais na escola - dialética da inclusão/exclusão

Vídeo aula 7

Crianças e jovens com necessidades especiais na escola - dialética da inclusão / exclusão

Educação especial - inclusiva




Cada pessoa é única, cada qual diferente da outra, com divergências de facilidades e dificuldades. Na verdade, todos somos deficientes em algum aspecto. 
Assim, a inclusão já acontece no espaço "sala de aula", onde a heterogeneidade se faz presente, e sob o olhar autoritário e com metodologias antiquadas acaba ainda excluindo aqueles que não conseguem se homogeneizar até o final do ano.
Esse problema resolveu-se com a progressão continuada: o aluno é diferente, não aprende. O professor não quer mudar suas posturas. O sistema resolveu: todos seguem para a turma seguinte, independentemente de ter conseguido ou não aprender.
Conclusão: professores comprometidos, ensinam. Os demais, simplesmente “passam a bola” para o professor do próximo ano.
Se problemas cognitivos nos remetem a tantos questionamentos, falar em inclusão de pessoas especiais é ir além.
Acredito que a inclusão seja possível, desde que venha seguida de toda uma mudança sistemática na escola, inclusive no modo de pensar a deficiência.
Inegável perceber as grandes contradições que existem até nos textos das leis:

De acordo com o Decreto nº 3.298, de 20 de dezembro de 1999, que
Regulamenta a Lei nº 7.853, de 24 de outubro de 1989, dispõe sobre a Política Nacional para a Integração da Pessoa Portadora de Deficiência

Artigo 5º A Política Nacional para a Integração da Pessoa Portadora de Deficiência, em consonância com o Programa Nacional de Direitos Humanos, obedecerá aos seguintes princípios:
Parágrafo III -  respeito às pessoas portadoras de deficiência, que devem receber igualdade de oportunidades na sociedade por reconhecimento dos direitos que lhes são assegurados, sem privilégios ou paternalismos.

Em seguida, em seu artigo 6º: São diretrizes da Política Nacional para a Integração da Pessoa Portadora de Deficiência:
Parágrafo III , É PRECISO INCLUIR A PESSOA PORTADORA DE DEFICIÊNCIA, RESPEITANDO AS SUAS PECULIARIDADES.

É necessário dar igualdade de oportunidades, sem paternalismo e ao mesmo tempo respeitar peculiaridades.
Inegavelmente uma pessoa especial é diferente, precisa ter assegurado seus direitos, mas precisa de atendimento diferenciado.
A mesma lei, em seu artigo 15, parágrafo III, diz que  a escolarização deve acontecer em estabelecimentos de ensino regular com a provisão dos apoios necessários.
O artigo 17 diz que é beneficiária do processo de reabilitação a pessoa que apresenta deficiência, qualquer que seja sua natureza, agente causal ou grau de severidade. § 2º  Para efeito do disposto neste artigo, toda pessoa que apresente redução funcional devidamente diagnosticada por equipe multiprofissional terá direito a beneficiar-se dos processos de reabilitação necessários para corrigir ou modificar seu estado físico, mental ou sensorial, quando este constitua obstáculo para sua integração educativa, laboral e social.

A legislação é perfeita! Mostra claramente que as diferenças precisam ser respeitadas.

Segundo o Artigo 8º, existe a necessidade da formação de recursos humanos para adequado e eficiente atendimento da pessoa portadora de deficiência.
A escola precisa de apoios necessários para atender à criança especial: uma equipe multidisciplinar, que funcione em consonância com órgãos públicos de saúde, onde a possa ser diagnosticada e auxiliada em sua reabilitação.
O currículo, o prédio, e a metodologia precisam adequar-se à nova responsabilidade social que a Inclusão lhes impõe.
Infelizmente, apenas boa vontade e acolhimento não bastam. As necessidades são físicas, psicológicas e médicas, e não podem ser resolvidas apenas com gestos de altruísmo.
As crianças estão sendo “colocadas” nas escolas, em salas superlotadas, com professoras despreparadas e com uma equipe gestora que desconhece legislação, direitos e necessidades dos mesmos.
Ainda tem-se a visão de que deficiente é aquele que tem um problema físico, perceptível à nossa visão. É ignorado por muitos que deficiência é toda perda ou anormalidade de uma estrutura ou função psicológica, fisiológica ou anatômica que gere incapacidade para o desempenho de atividade, dentro do padrão considerado normal para o ser humano.
Assim, muitas das crianças tidas como “bagunceiras”, podem ir além dessa denominação, chegando a ser sérios casos de inclusão.
Quando, o professor possui algum conhecimento sobre dificuldades de aprendizagem e chega a encaminhar um aluno por possível diferença em algum aspecto, conseguir agendamento com psicóloga, fonoaudióloga, fisioterapeuta, psiquiatra entre outros profissionais, é um verdadeiro malabarismo para o gestor, que acaba desistindo e “deixando” a situação como está.
O comprometimento de toda a equipe escolar é muito importante, pois quando todos os olhares estão voltados na mesma direção, torna-se mais fácil buscar soluções e enfrentar problemas.
Quando o professor sente-se abandonado a própria sorte, tendo que virar-se sozinho, realmente o que acontece é um processo totalmente diferente do que é esperado: a criança é excluída, isolada e passa a ter uma grande baixo-estima. 
Nosso sistema não inclui nem os alunos regulares, e fico a pensar como e quando será feita a verdadeira inclusão.

Quando a sociedade terá de fato o comprometimento necessário para que todos os indivíduos sejam tratados e respeitados como seres humanos? No momento em que o direito de existir for maior do que o direito de “ter”, não existirá mais inclusão ou exclusão, pois todos farão parte de um só sistema: o do bem comum.

http://www.recantodasletras.com.br/artigos/1933048

O professor e a diversidade cultural na sala de aula

Vídeo aula 6

O professor e a diversidade cultural na sala de aula

Profissão docente

É muito importante ensinar a diversidade cultural, a fim de promover e despertar o respeito entre os povos.
Todos os povos têm o direito de se manifestar e também de documentar e preservar sua cultura.

A professora Rosa Ivalberg baseia-se em diversos autores e diz que o ensino de arte que não pertença a cultura dominante consegue:

- enfatizar as relações humanas como cooperação;
- enfatizar as relações entre indivíduo/grupo em diferentes situações culturais;
- enfatizar a promoção do pluralismo e da equidade social. 

O estudo de Artes como forma de buscar o direito à identidade cultural faz com que o aluno esteja em contato de forma sistêmica com tudo o que sempre esteve presente em sua vida.











O papel do professor na mediação cultural

Vídeo aula 5

O papel do professor na mediação cultural

Profissão docente

O professor deve ser o mediador entre o patrimônio cultural da sociedade e a aprendizagem do aluno, fazendo com que a arte seja reconhecida e valorizada por todos. 

Assim, é preciso que o professor:


- Desmistifique a arte como objeto acessível a poucos;
- Desconstrua a arte como conhecimento distante do cotidiano;
- Promova a consciência sobre o valor da arte na sociedade e na vida dos indivíduos.