Cidadania

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segunda-feira, 7 de janeiro de 2013

Depressão na infância e adolescência

Vídeo aula 28

Saúde na escola

Depressão na infância e adolescência


Entrevista com Dr Dráuzio Varella


http://drauziovarella.com.br/doencas-e-sintomas/depressao-infantil-e-na-adolescencia/





Mensagem da Criança

Dizes que sou o futuro,
Não me desampares no presente.
Dizes que sou a esperança da Paz,
Não me induzas à guerra.
Dizes que sou a promessa do bem,
Não me confies ao mal.
Dizes que sou a luz dos teus olhos,
Não me abandones às trevas.
Não espero somente o teu pão,
Dá-me luz e entendimento.

Não desejo tão só a festa do teu carinho,
suplico-te amor com que me eduques.
Não te rogo apenas brinquedos,
Peço-te bons exemplos e boas palavras.
Não sou simples ornamento de teu carinho,
Sou alguém que te bate à porta em nome de Deus.
Ensina-me o trabalho e a humildade, o devotamento e o perdão.
Compadece-te de mim e orienta-me para o que seja bom e justo.
Corrija-me enquanto é tempo, mesmo que eu sofra...
Ajuda-me hoje, para que amanhã eu não te faça chorar.

Meimei/Chico Xavier





Stress e ansiedade na infância e na adolescência

Vídeo aula 27

Saúde na escola

Stress e ansiedade na infância e na adolescência



Estress infantil

Agenda cheia, reprovação dos pais, conflitos na escola. Pesquisas na área de neurociência e comportamento mostram como a exposição a fatores estressantes compromete o desenvolvimento das crianças e o que fazer para evitar danos futuros

Rachel Costa
http://www.istoe.com.br/reportagens/195990_ESTRESSE+INFANTIL

    Embora os "adultos em miniatura" datem da Idade Média, estamos voltando a tratar nossos pequenos com atribuições de gente grande.    A ansiedade e o stress são causados pela quantidade de atividades a que estamos expondo nossas crianças e à qualidade das informações que deixamos que elas tenham acesso, assim como à erotização por meio de roupas, acessórios, maquiagem, músicas, etc.   É preciso deixar que a criança seja criança.



Uh-Batuk-Erê: uma ação de comunidade

Vídeo aula 26

Educação Comunitária

Uh-Batuk-Erê: uma ação de comunidade


   Em setembro de 2005, organizou-se na EMEF Profª Esmeralda Salles Pereira Ramos, escola localizada na zona Norte da cidade de São Paulo, o grupo de percussão e dança “Uh-Batuk-Erê”. 
   O objetivo é desenvolver um projeto integrador que facilite a compreensão e a habilidade de lidar com a diversidade das relações sociais e culturais, tendo como protagonistas os atores que compõem o espaço-escola num processo educacional não excludente. 
   Também, articular as comunidades escolar e do entorno, levando nossas experiências com o projeto, tornando-o referência comunitária de cultura afro-indígena brasileira.



Relações com as comunidades e a potência do trabalho em rede

Vídeo aula 25

Educação Comunitária

Relações com as comunidades e a potência do trabalho em rede

   A globalização tem trazido mudanças rápidas e efetivas na sociedade, porém sem garantia de melhor qualidade de vida.

Tensões: 

- Cultura de massa  X  Cultura local
- Tradição  X  Modernidade 
- Competição  X  Igualdade de Oportunidade

   O trabalho em rede possibilita o coletivo. É o momento de todos (comunidade, alunos, escola) participarem dos processos de levantamento de dados, problematização e busca de possíveis soluções para os problemas identificados na comunidade.


Mídia e comportamento

Vídeo aula 24

Saúde na escola

Mídia e comportamento


  Crianças e adolescentes aprendem comportamentos por imitação.
     A partir dessa afirmação é importante analisarmos o tipo de comportamento oferecido pela mídia e que está influenciando a forma de agir de nossos jovens.
   As propagandas estimulam um comprar desenfreado; as novelas explicitam as relações sexuais e uso de drogas como comportamentos normais; os jornais mostram a violência em todas as suas formas mais puras. 
     A escola tem um sério papel na análise de tudo o que é oferecido pela mídia: mostrar aos alunos os "dois lados" de todas as moedas, o que se esconde nas entrelinhas, demonstrando que nenhuma ação é sem intenção.
   A criticidade deve ser aflorada para que aprendamos a olhar e realmente ver os comportamentos que estão por detrás de cada propaganda, de cada comercial, de relação da novela, de todos os assuntos dos jornais.
   A partir dessa análise crítica, o jovem não será mais iludido, tornando-se um cidadão consciente, pronto a exercer sua cidadania.


Uso de substâncias psicoativas

Vídeo aula 23

Saúde na escola

Uso de substâncias psicoativas


Esse desenho diz tudo...
"Existem vários meios de dizer não!"





Infelizmente a droga costuma ser um caminho só de ida...
 a volta ou é para a cadeia ou para o cemitério.

É uma doença do século XX que continuará a devastar as famílias do século XXI.
O governo começa a falar sobre a importância de encaminhamento dos drogados às casas de recuperação, mas é pouco, diante do quadro de tristeza e desolação em que vivem e ao qual são submetidos.
A dependência química é uma doença e acredito que a melhor forma de combatê-la, seja a prevenção.

Lazer, juventude e esportes

Vídeo aula 22

Educação comunitária

Lazer, juventude e esportes

   Segundo o Estatuto da Criança e do Adolescente em seu artigo 4º, É dever da família, da comunidade, da sociedade em geral e do poder público assegurar, com absoluta prioridade, a efetivação dos direitos referentes à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao esporte, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária.

   Assim, garantir à essa criança e a esse adolescente momentos em que possam se divertir e brincar é uma necessidade.

   Temos que nos ater ao fato de que, uma vida sedentária em frente à televisão, ao computador ou ao videogame não atendem às características de boas atividades de lazer, pois não garantem atividades físicas.

   O bom mesmo é dosar todos os tipos de atividades que a criança ou o adolescente gostam de fazer, com outras que são necessárias, e que acabam se tornando gostosas também...







Lazer, cultura e elementos comunitários

Vídeo aula 21

Educação Comunitária

Lazer, cultura e elementos comunitários

   "O conceito de lazer é difícil de limitar a uma única definição. Como uma experiência compreendida por indivíduos diante de variados contextos, o estudo do lazer tem estado envolvido em três abordagens: tempo, atividade e estado da mente." (Henderson, 2001, p.15)














   O lazer é visto por diferentes pessoas de variadas formas... desde o simples passeio a um parque, caminhadas, montar a cavalo ou até jogos e artesanatos podem ser fontes de lazer.
 Os conteúdos culturais classificam-se em atividades físicas, sociais, artísticas, manuais, turísticas entre outras.
 O importante é se distrair, para que corpo e mente mantenham-se em equilíbrio, tendo assim boas condições para enfrentar o dia-a-dia de maneira saudável


Bullying

Vídeo aula 20

Saúde na escola

Bullying



Bullying é uma situação que se caracteriza por agressões intencionais, verbais ou físicas, feitas de maneira repetitiva, por um ou mais alunos contra um ou mais colegas. O termo bullying tem origem na palavra inglesa bully, que significa valentão, brigão. Mesmo sem uma denominação em português, é entendido como ameaça, tirania, opressão, intimidação, humilhação e maltrato.

http://revistaescola.abril.com.br/crianca-e-adolescente/comportamento/bullying-escola-494973.shtml

Violência nas escolas

Vídeo aula 19

Saúde na escola

Violência nas escolas





O livro trata tanto da violência física, quanto da violência simbólica e da institucional. Por isso, há que se enfatizar que a violência na escola não pode ser vista como uma modalidade de violência juvenil.
O livro apresenta uma visão abrangente da literatura a respeito do tema, bem como analisa as percepções dos atores sociais que convivem nas escolas sobre:
  • As violências no ambiente interno e no entorno da escola (policiamento, gangue e tráfico de drogas, ambiente escolar, etc. );
  • O funcionamento e as relações sociais na escola (percepções sobre a escola, transgressões e punições, etc.) e;
  • As violências nas escolas: tipos de ocorrências (ameaças, brigas, violência sexual, uso de armas, furtos e roubos, outras violências etc.), praticantes e vítimas.
Chama a atenção que existe uma tendência à naturalização da percepção das violências nas escolas. Por exemplo, as brigas, os furtos e as agressões verbais são consideradas acontecimentos corriqueiros, sugerindo a banalização da violência e sua legitimização, como mecanismo de solução de conflitos.
O "Violências nas escolas" apresenta propostas de combate e prevenção baseadas nos dados coletados, além de fazer uma série de recomendações nas esferas do lazer (como a abertura das escolas nos finais de semana), da interação entre escola, família e comunidades, cuidar do estado físico e da limpeza dos estabelecimentos e valorizar os jovens, respeitando sua autonomia, entre outras.
Esta obra impressa se encontra esgotada na Representação da UNESCO no Brasil. Como a mesma foi largamente distribuída em variadas localidades brasileiras, para universidades federais, bibliotecas públicas e universitárias e várias entidades governamentais federais, estaduais e municipais, sugerimos que se dirija a alguma destas instituições para poder ter acesso a esta publicação. Mas a publicação se encontra disponível em pdf para donwload gratuito:


Fonte de pesquisa: http://www.unesco.org/new/pt/brasilia/about-this-office/unesco-resources-in-brazil/studies-and-evaluations/violence/violence-in-schools/

A valorização da cultura corporal da comunidade no currículo escolar

Vídeo aula 18

Educação Comunitária

A valorização da cultura corporal da comunidade no currículo escolar


   Cultura corporal é toda produção simbólica que envolve as práticas corporais.
   Conjunto de conhecimentos que envolve as brincadeiras, as danças, as lutas, as ginásticas e os esportes.

Exemplos:



















Transformações Sociais, currículo e cultura

Vídeo aula 17

Educação comunitária

Transformações Sociais, currículo e cultura



   Até pouco tempo atrás nem todos estavam na escola. Assim, a cultura popular não era conhecida, sequer difundida.
   Hoje com o direito de acesso a todos na escola, o ambiente tornou-se multicultural, multi-racial, universal, onde todos os tipos de pessoas convivem e trocam experiências e conhecimentos.
   Afirmar que essa relação não possui conflitos é algo ilógico, pois cada ser trás dentro de si uma complexidade enorme, e através dela seu credo, sua cultura, suas aprendizagens, sua vida.
   Acredito que intermediar essas relações de forma com que todos possam aprender a respeitar e aceitar essa diversidade seja um dos papéis primordiais da educação desse século XXI.
   A equipe gestora deve estar pronta para respeitar e conhecer o multiculturalismo, preparando sua equipe profissional para o respeito aos Direitos Humanos e para o exercício efetivo da democracia, garantindo assim verdadeiramente o sentido amplo do "direito ao acesso e permanência" na escola, garantidos pela Legislação vigente.

Sexualidade e prevenção de risco

Vídeo aula 16

Saúde na escola

Sexualidade na escola

Vídeo aula 15

Saúde na escola

Sexualidade na escola

   Sexo não é assunto fácil de ser abordado, mas é de extrema importância que seja.
   O jovem necessita de orientação quanto ao conhecimento de seu corpo, ao uso de preservativos, à gravidez precoce, às DSTs para que entenda que todos passam por esse "BUM" hormonal, porém cabe a cada um a escolha do que fazer de sua própria vida.

   

A cartografia e a representação dos lugares

Vídeo aula 14

Educação Comunitária

A cartografia e a representação dos lugares


CARTOGRAFIA


A cartografia é a ciência da representação gráfica da superfície terrestre, tendo como produto final o mapa. Ou seja, é a ciência que trata da concepção, produção, difusão, utilização e estudo dos mapas. Na cartografia, as representações de área podem ser acompanhadas de diversas informações, como símbolos, cores, entre outros elementos. A cartografia é essencial para o ensino da Geografia e tornou-se muito importante na educação contemporânea, tanto para as pessoas atenderem às necessidades do seu cotidiano quanto para estudarem o ambiente em que vivem.


O surgimento

Os primeiros mapas foram traçados no século VI a.C. pelos gregos que, em função de suas expedições militares e de navegação, criaram o principal centro de conhecimento geográfico do mundo ocidental. O mais antigo mapa já encontrado foi confeccionado na Suméria, em uma pequena tábua de argila, representando um Estado. A confecção de um mapa normalmente começa a partir da redução da superfície da Terra em seu tamanho. Em mapas que figuram a Terra por inteiro em pequena escala, o globo se apresenta como a única maneira de representação exata. A transformação de uma superfície esférica em uma superfície plana recebe a denominação de projeção cartográfica.

Na pré-história, a Cartografia era usada para delimitar territórios de caça e pesca. Na Babilônia, os mapas do mundo eram impressos em madeira, mas foram Eratosthenes de Cirene e Hiparco (século III a.C.) que construíram as bases da cartografia moderna, usando um globo como forma e um sistema de longitudes e latitudes. Ptolomeu desenhava os mapas em papel com o mundo dentro de um círculo. Com a era dos descobrimentos, os dados coletados durante as viagens tornaram os mapas mais exatos. Após a descoberta do novo mundo, a cartografia começou a trabalhar com projeções de superfícies curvas em impressões planas.

Atualmente...

Hoje, a cartografia é feita por meios modernos, como as fotografias aéreas (realizadas por aviões) e o sensoriamento remoto por satélite. Além disso, com os recursos dos computadores, os geógrafos podem obter maior precisão nos cálculos, criando mapas que chegam a ter precisão de até 1 metro. As fotografias aéreas são feitas de maneira que, sobrepondo-se duas imagens do mesmo lugar, obtém-se a impressão de uma só imagem em relevo. Assim, representam-se os detalhes da superfície do solo. Depois, o topógrafo completa o trabalho sobre o terreno, revelando os detalhes pouco visíveis nas fotografias.


Educação Geográfica, estudo da cidade e o uso da cartografia

Vídeo aula 13

Educação Comunitária

Educação Geográfica, estudo da cidade e o uso da cartografia


   
A disciplinarização dos conteúdos fez com que as disciplinas ficassem um tanto quanto distantes da realidade.
   Estudar Geografia é visto como insignificante: "matéria que não serve para nada".
   Dentro de um currículo onde priorize-se o estudo da cidade como tema transversal, a Geografia passa a ter um papel de destaque, pois sua utilização torna-se importantíssima no entendimento de vários pontos desse estudo.

   Pretende-se observar o território do ponto de vista do que traz de informação sobre sua história, sua formação, das construções, da arquitetura, de seu tamanho, da população.

   De forma conjunta, os professores devem partir de um estudo centrado no bairro e posteriormente na cidade.

   O entrelaçamento das disciplinas para entender o que é proposto, as significa de forma concreta valorizando-as. 
   O aluno entendendo para que serve, de maneira separada e de forma conjunta, as disciplinas e os conteúdos estudados, conseguirá verificar a importância do entendimento do que lhe é ensinado, passando assim a utilizar-se do conhecimento formal de maneira adequada.

Retardo Mental e Autismo

Vídeo aula 12

Saúde na Escola

Retardo Mental e Autismo












Incluir é muito mais do que "colocar" na escola.
É oferecer estrutura física, pedagógica, emocional e pessoal.

Tantos são os textos que falam que o professor deve ensinar, não educar...
Que professor deve ser mestre e não babá...

Acredito que antes de ensinar ele deve aprender: 
- a amar seu aluno como ser humano;
- a respeitar suas limitações;
-a aceitar as diferenças ;
- a fazer o seu trabalho com carinho e dedicação.


Rubem Alves

Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade

Vídeo aula 11

Saúde na escola

Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade



O que é TDAH?

        TDAH é a sigla de Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade, que segundo a ABDA (Associação Brasileira do Déficit de Atenção) teve sua primeira descrição oficial em 1902, quando um pediatra inglês, George Still, apresentou casos clínicos de crianças com hiperatividade e outras alterações de comportamento; na sua opinião não podiam ser explicadas por falhas educacionais ou ambientais, mas que deveriam ser provocadas por algum transtorno cerebral na época desconhecido.
        Hoje, “O TDAH é um dos transtornos mais bem estudados na medicina e os dados gerais sobre sua validade são muito mais convincentes que a maioria dos transtornos mentais e até mesmo que muitas condições médicas” (MATTOS, 2005, p. 17).
Ainda segundo Mattos (2005, p. 54), com base em diferentes estudos em várias regiões do mundo, inclusive no Brasil, acredita-se que a prevalência varie entre 5% a 8% das crianças.

Fatores Genéticos

“O TDAH é um transtorno multifatorial, com total interação entre fatores genéticos, ambientais e neuroquímicos, determinando o conjunto de características que identificam uma pessoa” (Cartilha TDAH Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade, Uma conversa com educadores, p. 23)
        Segundo a cartilha da ABDA, sobre o tema, TDAH é um transtorno neurobiológico, com grande participação genética (isto é, existe chances maiores de ele ser herdado).
Sobre essa herança, Mattos (2005, p. 45) afirma:

Quem herda  a  predisposição  para  o TDAH   têm  uma  alteração  nas substâncias que passam as informações entre as células nervosas, os neurotransmissores. No caso do TDAH, são a dopamina e a noradrenalina que estão deficitárias. Esses neurotransmissores são importantes especialmente na região anterior do cérebro, o lobo frontal, e suas conexões para vários outros locais no cérebro.

        A Cartilha Novartis Biociências diz que “Os fatores ambientais que mais têm sido associados a um risco aumentado para a criança desenvolver TDAH são o abuso materno de nicotina e de álcool durante a gestação.”
       
Sintomas

Alguns sintomas, segundo Mattos (2005, p. 21 e 22),  fazem com que o TDAH se caracterize por uma combinação de dois grupos: desatenção; hiperatividade e impulsividade.
Esses sintomas fazem com que se formem três grupos distintos de TDAH:
- Forma predominantemente desatenta;
- Forma predominantemente hiperativa/impulsiva;
- Forma combinada.
Para Barkley (2002, p. 65), o TDAH representa um problema no modo como as crianças aprendem a controlar seus impulsos e a regular seu próprio comportamento, problemas esses que não se encontram perfeitamente definidos.
Assim, enquanto a criança é pequena, os pais percebem que ela parece ser um pouco diferente das demais por não obedecer, chorar muito, fazer muitas birras, mas acreditam que seja dela mesma, ou que estejam errando ao impor os limites necessários para seu desenvolvimento. Mas, embora os pais não saibam, ninguém adquire TDAH no transcorrer da vida: ele já veio com a criança.
Ao entrar na escola, os problemas ficam mais aparentes, pois a criança apresenta comportamentos desviantes dos demais alunos da classe, o que faz com que seja visto como “problema” para o bom andamento da sala.
Assim, TDAH é um transtorno herdado que causa vários problemas na vida de crianças, adolescentes e adultos se não for diagnosticado e tratado de forma adequada.
“Caso você comece a suspeitar que seu filho tem TDAH, não o ignore com esperanças de que irá desaparecer espontaneamente.Considere a busca de avaliação profissional”, diz Barkley (2002, p. 132).
Para essa avaliação pode-se buscar o pediatra, psicólogo infantil, psiquiatra infantil, neurologista pediátrico, assistente social, psicólogo da escola, clínico da família, profissional de saúde mental, professor especialista, porém é necessário que tenha-se conhecimento específico sobre a literatura científica do assunto e, se necessário medicar, saber que a medicação é controlada e só pode acontecer através de um médico.  O diagnóstico é clínico, não havendo exames para realizá-lo.
Para diagnosticá-lo, é necessário identificar vários sintomas que são descritos no DSM-IV (Diagnostic and Statistical Manual, 4ª edição), e sobre o qual Mattos (2005, p. 20 e 21) faz uma lista:
Módulo A: Sintomas de desatenção
1)    Prestar pouca atenção a detalhes e cometer erros por falta de atenção;
2)    Dificuldade de se concentrar (tanto nas tarefas escolares quanto em jogos e brincadeiras);
3)    Parecer estar prestando atenção em outras coisas numa conversa;
4)    Dificuldades em seguir as instruções até o fim ou deixar tarefas e deveres sem terminar;
5)    Dificuldade de se organizar para fazer algo ou planejar com antecedência;
6)    Relutância ou antipatia em relação a tarefas que exijam esforço mental por muito tempo (tais como estudo ou leitura);
7)    Perder objetos necessários para realizar as tarefas ou atividades do dia-a-dia;
8)    Distrair-se com muita facilidade com coisas à sua volta ou mesmo com seus próprios pensamentos. É comum que pais e professores se queixem de que estas crianças parecem “sonhar acordadas”;
9)    Esquecer-se de coisas que deveria fazer no dia-a-dia.
Módulo B: Sintomas de hiperatividade e impulsividade
1)    Ficar mexendo as mãos e pés quando sentado ou se mexer muito na cadeira;
2)    Dificuldade de permanecer sentado em situações em que isso é esperado;
3)    Correr ou escalar coisas, em situações nas quais isto é inapropriado (em adolescentes e adultos pode se restringir a um sentir-se inquieto por dentro);
4)    Dificuldades para se manter em atividades de lazer (jogos ou brincadeiras) em silêncio;
5)    Parecer ser “elétrico” e a “mil por hora”;
6)    Falar demais;
7)    Responder perguntas antes de elas serem concluídas. É comum responder a pergunta sem ler até o final;
8)    Não conseguir aguardar a sua vez;
9)    Interromper os outros ou se meter nas conversas dos outros.

Além dos sintomas tradicionais, Mattos (2005, p. 29 e 30) cita ainda outros sintomas do TDAH que não estão listados e, entretanto, são mais comuns:
a)   Baixa auto-estima – impressão ruim acerca de si próprios;
b)   Sonolência diurna;
c)   “Pavio curto”;
d)   Necessidade de ler mais de uma vez para “fixar” o que leu;
e)   Dificuldade em levantar de manhã e se “ativar” para começar o dia;
f)   Adiamento crônico das coisas;
g)   Mudança de interesse o tempo todo;
h)   Intolerância a situações monótonas ou repetitivas;
i)    Busca frequente por coisas estimulantes ou simplesmente diferentes;
j)   Variações frequentes de humor.
      
       O diagnóstico, após estabelecido, pode gerar tristeza e inconformação por parte dos pais, assim como aceitação e busca de tratamento.
       Segundo Barkley (2002, p.154), combinar medicações com tratamento psicológico pode produzir benefícios adicionais e talvez resultar em menor necessidade de medicação ou na diminuição de doses.
       Estando em tratamento, a escola necessita buscar formas para acolher esse aluno em sua realidade, visto que a LDB, em seu artigo 3º, inciso I,  diz que “O ensino será ministrado com base nos princípios de igualdade de condições para o acesso e permanência na escola para todos os alunos”.
       A igualdade de direitos dá ao TDAH melhores possibilidades de crescimento educacional escolar.

Referências Bibliográficas

TDAH- Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade – Conversa com educadores .Disponível em http://www.abda.org.br/images/stories/site/pdf/tdah_uma_conversa_com_educadores.pdf Acesso em 9 out. 2012

MATTOS, PAULO. No mundo da lua. 9. ed. São Paulo Pag 17, 21, 22, 29, 30, 45, 54, Casa Leitura Médica,2010
  
BOYNTON, M.; BOYNTON, C. Prevenção e resolução de problemas disciplinares: guia para educadores.1. ed. , Porto Alegre, p. 149-156, Artmed, 2008.

BARKLEY, R.A. Transtorno do déficit de atenção/hiperatividade (TDAH): guia completo e autorizado para os pais, professores e profissionais da saúde. 1.ed. Porto Alegre, p. 65, 132, 154, Artmed, 2002.