As Revoluções Educacionais
Base
para argumentação: o autor espanhol José Esteves, no livro “A terceira
revolução educativa"
O texto
nos remete ao seguinte pensamento: Quais os objetivos da educação? A quem se
destina? Os problemas e desafios da sala de aula hoje têm relação com a
história da educação?
Segundo
Esteves, a 1ª Revolução Educacional data de 2500 anos atrás. Uma educação
individualizada, voltada à aristocracia que durou cerca de 2000 anos. Apenas filhos dos nobres e dos reis, isto é,
uma pequena parte da população tinha direito à educação formal.
A 2ª Revolução Educacional acontece entre os
séculos XVII e XVIII, quando os Estados europeus começam a se consolidar. Até
então, a igreja era responsável pela educação. O Rei Frederico Guilherme II. Da
Prússia, em 1787 determina que a educação deve ser pública e sob a
responsabilidade do Estado.
A
escola que teve início no século XIX é
essa que temos até hoje: um professor para vários alunos, fechados entre quatro
paredes. O professor em pé em frente à sala em sinal de superioridade,
utilizando a lousa como forma de passar seu conhecimento aos alunos que não
tinham acesso ao conhecimento. A turma é homogênea: meninos, com a mesma cor da
pele, tamanho, tipo de corte de cabelo, do mesmo grupo econômico.
A 3ª
Revolução Educacional tem início no século XX, com o início do processo de
universalização ao acesso à educação.
A
necessidade de instrução chega com a Revolução Industrial, onde há a
necessidade de pessoas melhores instruídas. É o desenvolvimento dos meios de
produção, tendo como desejo uma escola para todos.
No
Brasil, esse processo sócio-político-econômico acontece nos últimos 20 ou 30
anos, iniciando aí a preocupação da inclusão de todos nas salas de educação
regular.
A
escola para atender a demanda do século XIX permanece em pleno século XXI,
apesar da cliente atendida ser outra, totalmente diferente da que era atendida
há muito tempo atrás.
Hoje temos a inclusão
das diferenças sociais, econômicas, psíquicas, físicas, culturais, religiosas,
raciais ideológicas e de gênero, ou seja, essa escola agora é para todos. Mas a sua formulação
arquitetônica, suas regras, o preconceito
(embora mascarado), a burocracia, e a formalização das atitudes
permanecem.
Acredito
que há sim a necessidade de repensar essa escola de hoje. Há a necessidade de
se formar novos docentes, de serem estabelecidas novas regras de convivências,
de mostrar ao aluno que a escola é um lugar feito para ele.
O
planeta mudou, a tecnologia avançou, as crianças nascem apertando botões, o
conhecimento surge de todos os cantos a todo momento e... na escola: a velha
lousa com giz e o professor em pé na frente da sala.
É
necessário quebrar paradigmas, aceitar as mudanças, aprender com as novas
tecnologias e entender que somos seres em constante processo de aprendizagem,
seja aluno ou professor.
Uma
prática pedagógica consciente requer análise constante de objetivos e métodos,
fazendo com que o professor se coloque como colaborador e facilitador do
processo de ensino e aprendizagem.
Hoje, o
professor é mediador entre o conhecimento e o discente, buscando formas de
ajudá-lo a construir seu próprio conhecimento, sabendo que “Ninguém é tão
grande que não possa aprender, nem tão pequeno que não possa ensinar.” Esopo
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