Cidadania

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quinta-feira, 15 de novembro de 2012

Educação Especial - Inclusão como direito


Educação Especial - Inclusão como direito

A Educação Especial é minha conhecida desde há muito tempo.
Com o decorrer de meus estudos, vim a pensar e observar como ela faz parte de minha vida desde o início de minha trajetória, o que me fez pensar que talvez, por isso minha prática seja tão voltada para ofertar possibilidades a todo e qualquer tipo de aluno.

Desde 1994, quando nem se falava em inclusão, eu trabalhava em escola particular e lá já havia alunos especiais: Deficiente Visual, cego, Deficiente Intelectual, Deficiente Físico... e atendíamos a todos como a qualquer aluno que ali estava, sem discriminar, primando por princípios de igualdade e de qualidade de ensino.
Acredito que por isso, ao adentrar na rede municipal tenha trazido comigo esses princípios de inclusão que não existiam ainda por aqui. 
Meu trabalho sempre foi na direção do respeito às individualidades, trabalhando com cada aluno suas dificuldades específicas, ao mesmo tempo que atendia aos objetivos gerais que se impunham. Agora entendo que o que eu já fazia inconscientemente era praticar a inclusão, garantindo a todos o direito de aprender. 
Mas, ao observar a educação e analisar muitos de meus colegas de serviço, também observo que para ser um professor que inclui, é necessário despir-se do tradicionalismo e passar a enxergar o aluno com outros olhos, ouvi-lo com ouvidos sem preconceitos, aceitar suas produções sem exigências fundamentadas em regras.
Eu, como especialista em Educação Especial, identifiquei-me muito com a especialista com a qual estive, pois observei que pensamos igualmente, no que diz respeito a valorizar os mínimos avanços das crianças especiais, como se fossem longas caminhadas, pois para um DI, aprender a escrever um texto é como vencer um enorme obstáculo.
Mas o professor regular não pensa assim, vê o aluno especial como um problema, aquele que nunca vai ser bom, que nunca vai ser tão bom como os outros.
É hora de para de avaliar comparando. A inclusão exige um olhar individual, um olhar carinhoso, como diria Luckesi.
Como sempre, os textos das leis são perfeitas. A aplicabilidade das mesmas é que é falha: esbarra no preconceito, na falta de boa vontade, na deficiência do outro, que não consegue dar valor ao ser humano, como ser individual, como criação de Deus.
Em documentos, em leis estão descritos os sonhos que temos e que para realizá-los precisamos superar muitas barreiras, uma das maiores: a má vontade.
A mudança já começou a acontecer, mas quebrar o tradicionalismo requer esforço por parte dos gestores e uma constante formação no intuito de esclarecer fatores importantes como adaptações, avaliação, uso de tecnologia entre tantos outros que facilitarão a inclusão efetiva e verdadeira, fazendo com que o professor reveja sua prática e entenda a inclusão como direito inerente a todo e qualquer aluno especial.
O caminho é longo, mas os primeiros passos foram dados.
A inclusão é fato e todos têm direito a uma educação efetiva e de qualidade, que seja capaz de oferecer subsídios ao aluno para que se torne um cidadão conhecedor de seus direitos e que cumpra seus deveres na sociedade em que está inserido.

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