Cidadania

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quinta-feira, 1 de novembro de 2012

Vídeo aula 7 - Educação e ética



Vídeo-aula 7

Educação e valores

Educação e Ética

Quando nascemos, nosso primeiro grupo social é a família. Depois, quando o aluno entra para a escola, aprende a lidar com regras do coletivo. A escola é uma transição para a vida social. Ela vai preparar o jovem, o estudante para a vida pública, para a sociabilidade pública.
Na escola, quando a postura do professor é daquele que não sabe como balancear a autoridade e a liberdade, isso pode gerar muitos problemas disciplinares. O aluno é regido por regras exteriores e progressivamente essas regras serão cada vez mais incorporadas de maneira a que construa suas próprias regras e ganhe  "autonomia da moral". Quando não existem regras claras e definidas, não há autonomia moral.O professor não ensina apenas saberes, ele desenvolve valores.

A ética dentro da escola, envolve a interação entre professores e alunos, professores e professores, alunos entre si, professores e alunos com os funcionários.
Quando falamos em moral, em ética, no geral falamos de um comportamento  escolhido. A ética é aquilo que supõe uma adesão voluntária a um conjunto de regras de ação que se considera justo, enquanto a moral já supõe formas de agir coletiva, sociais, esperadas, recomendadas, elaboradas pela própria sociedade. Do ponto de vista do significado, tanto podemos falar em ética, quanto podemos falar em moral. Em ambos os casos, nós estamos falando da nossa necessidade de trabalhar com o lugar do outro, da necessidade que todo mundo tem de, frente a um desafio ou a uma situação que implica escolha, em relações de justiça, se colocar no lugar do outro. E a ética é uma questão de hábito!

Para lidarmos com as diferentes situações de sala de aula que pressupõe a necessidade dos ensinamentos de valores, a melhor coisa a se fazer é buscar o meio termo, a racionalização dos acontecimentos, buscando regras consideradas razoáveis, que possam ser justificáveis perante a coletividade. Isso supõe, de um certo modo, a clareza das regras. Do ponto de vista pedagógico, o professor jamais conseguirá trabalhar a ética com seus estudantes, se os estudantes não entendem quais são os seus critérios como professor.
 É só nessa relação entre igualdade e diversidade ou igualdade e fraternidade, nessa relação com o diferente que nós podemos preparar a democracia. Preparar a democracia é também
lidar com a formação do comportamento. O comportamento que se exige da sociedade, que tem a ver com a construção de normas coletivas, de viver de maneira a não ferir o outro.


De um certo modo, isso nos conduz à ideia que trabalhar as novas gerações, com a criança, supõe também trabalhar a responsabilidade do adulto perante o mundo, perante a construção desse patamar de civilidade.
Muitas vezes nós na escolarização temos dificuldade em lidar com determinados estudantes, determinados alunos em sala de aula, e nem nos deparamos com a nossa dificuldade porque a relação de empatia não é uma relação óbvia. É necessário nesse aspecto pensarmos numa atitude de tolerância, estabelecendo uma relação de produção de uma cultura escolar que venha a ser progressista, que venha a ser fraterna, que venha a trabalhar aquilo que os autores hoje tem relacionado com dois universos da virtude, de um lado as virtudes que correspondem a uma ética da justiça (matriz masculina), e uma ética do cuidado (matriz feminina).

O professor tendo um comportamento ético, de respeito e de cuidado com o aluno, estabelece com este vínculos, que com certeza possibilitaram a mudança de atitudes na esfera dos valores.
Cativar é transforma o outro em ser querido para sempre... quando isso acontece, a sociedade ganha mais um cidadão, vestido de ética e senso de moralidade. 

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