Temas transversais
O conceito de transversalidade
Base: vídeo-aula "Os caminhos da
interdisciplinaridade"
Novos sentidos para a educação e a ciência
Os avanços paradigmáticos da ciência podem não ser
suficientes para se construir a democracia, a justiça e o bem estar social.
A Ciência tem buscado, através da multidisciplinaridade, da transdisciplinaridade,
interdisciplinaridade, diminuir a fragmentação do conhecimento, colocando-o de
forma a realmente ter sentido na vida das pessoas.
Com a evolução e a chegada da modernidade muitas coisas mudaram
na sociedade. Hoje, todos precisam trabalhar fora para colaborar com os custos
da casa.
A educação moral e ética que era anteriormente oferecida em
casa, pela família, mudou de mãos: agora é trabalho da escola, por ela ser a
única instituição que trata da educação.
Quando reconhecemos que essa parte da formação ética e
moral, hoje está relegada a um segundo plano na sociedade , por conta da
situação da família se organizar de forma diferente é natural e é legítimo, que
essas pessoas olhem para escola e lhe atribuam a responsabilidade de fazer esse
papel da educação ética e moral, até porque está previsto no Projeto Político Pedagógico:
formar o cidadão, cônscio de seus direitos e deveres.
Assim, ao olharmos para o currículo da escola percebemos se
começa a receber uma demanda para que vários outros conteúdos, além da ética,
da moral, estejam inseridos nele. A questão ambiental, a questão da violência,
da sexualidade, de afetos e sentimentos são temáticas que as pessoas vão
percebendo que precisam ser transmitidas, ensinadas, trabalhadas com as novas
gerações.
Aí encontramos um entrave, um paradigma educacional: a
disciplinarização. Separar conteúdos e disciplinas não seria tão problemático
se, todos os professores entendessem que todas essas disciplinas precisam
entrelaçar-se para alcançar de maneira efetiva a formação do indivíduo como
cidadão.
Esse conteúdo transversal, tão necessário de ser construído
não pode ser colocado em último plano: precisa ser o eixo vertebrador de todas
as disciplinas curriculares.
A partir dele, os demais conteúdos curriculares deverão ser
desencadeados.
A dificuldade que encontro é referente ao trabalho que isso
oferece. Não será mais possível ao professor escolher um livro de história,
ciências ou geografia e fazer com que o aluno seja uma máquina copiadora de
textos e mais textos: o professor terá que realmente, elaborar sua aula,
estudar, aprender a conviver com os outros docentes em relações de construção.
Será!?
Infelizmente, observo nos dias de hoje um certo descaso ou
descompromisso com a educação por parte de professores disciplinares,
especialistas. Nas escolas do Estado de São Paulo, por exemplo, dificilmente um
aluno tem todas as aulas diárias.
Professores de licença, faltando sem justificativa, licenças
prêmio e o pior: não existem substitutos. Analisando também a imagem desse substituto,
quando encontrado, é do professor que foi para “segurar a sala”. Não há
compromisso com conteúdo, não há vínculos estabelecidos com a sala e, assim não
existe respeito por ele.
Fala-se em baixos salários, em indisciplina, em falta de
condições para trabalhar. Há de se entender que, um professor de licença sendo
substituído por outro, o gasto é duplo. Há de entender a indisciplina como
descompromisso e falta de estabelecimento de vínculos.
Assim, vejo a necessidade do compromisso sério do mestre,
utilizando seus conhecimentos realmente a favor da educação. Utilizando-se da interdisciplinaridade, da transversalidade e de uma nova metodologia aliada à tecnologia para
promover na escola a mudança que tanto almejamos.
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