Cidadania

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quinta-feira, 1 de novembro de 2012

Vídeo aula 5 - O conceito de transversalidade




Temas transversais

O conceito de transversalidade

Base: vídeo-aula "Os caminhos da interdisciplinaridade"

Novos sentidos para a educação e a ciência

Os avanços paradigmáticos da ciência podem não ser suficientes para se construir a democracia, a justiça e o bem estar social.
A Ciência tem buscado, através  da multidisciplinaridade, da transdisciplinaridade, interdisciplinaridade, diminuir a fragmentação do conhecimento, colocando-o de forma a realmente ter sentido na vida das pessoas.
Com a evolução e a chegada da modernidade muitas coisas mudaram na sociedade. Hoje, todos precisam trabalhar fora para colaborar com os custos da casa.
A educação moral e ética que era anteriormente oferecida em casa, pela família, mudou de mãos: agora é trabalho da escola, por ela ser a única instituição que trata da educação.
Quando reconhecemos que essa parte da formação ética e moral, hoje está relegada a um segundo plano na sociedade , por conta da situação da família se organizar de forma diferente é natural e é legítimo, que essas pessoas olhem para escola e lhe atribuam a responsabilidade de fazer esse papel da educação ética e moral, até porque está previsto no Projeto Político Pedagógico: formar o cidadão, cônscio de seus direitos e deveres.
Assim, ao olharmos para o currículo da escola percebemos se começa a receber uma demanda para que vários outros conteúdos, além da ética, da moral, estejam inseridos nele. A questão ambiental, a questão da violência, da sexualidade, de afetos e sentimentos são temáticas que as pessoas vão percebendo que precisam ser transmitidas, ensinadas, trabalhadas com as novas gerações.
Aí encontramos um entrave, um paradigma educacional: a disciplinarização. Separar conteúdos e disciplinas não seria tão problemático se, todos os professores entendessem que todas essas disciplinas precisam entrelaçar-se para alcançar de maneira efetiva a formação do indivíduo como cidadão.
Esse conteúdo transversal, tão necessário de ser construído não pode ser colocado em último plano: precisa ser o eixo vertebrador de todas as disciplinas curriculares.
A partir dele, os demais conteúdos curriculares deverão ser desencadeados.
A dificuldade que encontro é referente ao trabalho que isso oferece. Não será mais possível ao professor escolher um livro de história, ciências ou geografia e fazer com que o aluno seja uma máquina copiadora de textos e mais textos: o professor terá que realmente, elaborar sua aula, estudar, aprender a conviver com os outros docentes em relações de construção. Será!?
Infelizmente, observo nos dias de hoje um certo descaso ou descompromisso com a educação por parte de professores disciplinares, especialistas. Nas escolas do Estado de São Paulo, por exemplo, dificilmente um aluno tem todas as aulas diárias.
Professores de licença, faltando sem justificativa, licenças prêmio e o pior: não existem substitutos. Analisando também a imagem desse substituto, quando encontrado, é do professor que foi para “segurar a sala”. Não há compromisso com conteúdo, não há vínculos estabelecidos com a sala e, assim não existe respeito por ele.
Fala-se em baixos salários, em indisciplina, em falta de condições para trabalhar. Há de se entender que, um professor de licença sendo substituído por outro, o gasto é duplo. Há de entender a indisciplina como descompromisso e falta de estabelecimento de vínculos.
Assim, vejo a necessidade do compromisso sério do mestre, utilizando seus conhecimentos realmente a favor da educação. Utilizando-se da interdisciplinaridade, da transversalidade e de uma nova metodologia aliada à tecnologia para promover na escola a mudança que tanto almejamos.

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